Não é de hoje que a ciência estimula o consumo de água para a promoção de uma boa saúde. Afinal, o corpo humano precisa da água para garantir que atividades básicas como respiração, transpiração, excreção e que movimentos peristálticos funcionem corretamente. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os conselhos nacionais de diversas especialidades médicas recomendam a ingestão de 2,5 a 3,5 litros de água por dia.
Agora uma nova pesquisa começa a fazer coro para essa afirmação. Recentemente, o estudo Inadequate Hydration, BMI and Obesity Among US, traçou um paralelo entre o consumo adequado de líquidos, a redução de peso e o risco de obesidade.
De acordo com o estudo conduzido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que foi publicado no periódico Annals of Family Medicine, as pessoas que bebem pouca água no seu dia a dia têm um risco 50% mais alto de sobrepeso do que as que ingerem a quantidade indicada.
Segundo especialistas, dois motivos explicam por que beber água previne a obesidade: a primeira é que as pessoas costumeiramente confundem a sensação de sede com a de fome e ingerem mais alimentos do que o necessário em momentos inoportunos. A outra é que beber água antes de uma refeição ajuda a consumir menos calorias.
Constatação de que beber água previne a obesidade já era estudada para crianças
Outra pesquisa, de 2009, já havia concluído que o aumento do consumo de água em escolas foi responsável pela diminuição do risco de sobrepeso em crianças. Pesquisadores da Universidade de Dortmund e Witten-Herdecke, na Alemanha, avaliaram 2.950 crianças ao longo de um ano e perceberam que aquelas que haviam sido incentivadas a beber mais água pelos seus professores durante o dia haviam reduzido em 31% o risco de de sobrepeso.
Para os pesquisadores, beber água previne a obesidade infantil especialmente em relação ao consumo de açúcar. Ao tomar água, as crianças sentem menos vontade de ingerir bebidas açucaradas e, com isso, acumulam menos peso e garantem o bom funcionamento do organismo.
O estudo foi publicado na revista Pediatrics.
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